domingo, 19 de julho de 2009

FDR. Especial Tolkien: Livro I, Parte 2

Pra inicio de conversa FDR é Folha de Rascunho, e eu vou direto ao ponto agora pq eu quero jogar e pq meus membros doem de tanto trabalhar na festa julina do Ifes ontem, onde eu amarrei uns 3km de bandeirinhas no alambrado, numa escada que balançava e no sol... e alem disso fiquei muuuito tempo na barraca de Agua/refri e alem disso cheguei depois da meia noite em casa... Então vamos ao resumo do ultimo post (http://i-like-cereals.blogspot.com/2009/05/folha-de-rascunho-especial-tolkien.html): N Nesse eu falei sobre a vida familiar dele, onde ele nasceu, onde ele morou, com quem ele se casou e quantos filhos ele teve. Pronto esse é o resumo. Agora ao post de hj:

Folha de Rascunho Especial Tolkien- Livro I:
A Vida



http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/be/20NorthmoorRoad.jpg
A casa de Tolkien em Oxford, Inglaterra.

Em 1914, ano em que começou a Primeira Guerra Mundial, Tolkien ficou noivo de Edith Bratt. No ano seguinte, recebeu com honras o diploma de licenciatura em Literatura de Língua Inglesa. A graduação e os méritos não o libertaram da convocação e em 1916, depois de casar-se com Edith Bratt, foi chamado à guerra. Tolkien sobreviveu à Batalha do Somme (província de Soma), uma mal-sucedida incursão na França/Bélgica onde morreram mais de 500 mil combatentes. Em 1917 nasceu o seu primeiro filho, John Francis Reuel Tolkien (mais tarde padre John Tolkien) e no ano seguinte, depois de contrair tifo (será sorte, ele é predestinado, KAMI???), Tolkien foi enviado de volta à Inglaterra. Foi neste período que iniciou o Livro dos Contos Perdidos (The Book of Lost Tales), que mais tarde converteu-se em O Silmarillion, em 1919 quando ele retornou a Oxford.

Depois do fim da guerra Tolkien dedicou-se ao trabalho acadêmico como professor, tornando-se um grande e respeitado filólogo. Nesta mesma época ingressou na equipe formada para preparar o New English Dictionary, o equivalente inglês do dicionário brasileiro Aurélio. (DICIONÁRIO!?!?!?!?!?) O projeto já havia chegado à letra W, e seu supervisor, impressionado com o trabalho de Tolkien, afirmou que:

"Seu trabalho [de Tolkien] dá provas de um domínio excepcional de anglo-saxão e dos fatos e princípios da gramática comparada das línguas germânicas. Na verdade, não hesito em dizer que nunca conheci um homem da sua idade que se igualasse a ele nesses aspectos."

Mas foi só em 1925, depois do nascimento de seus filhos Michael Hilary Reuel Tolkien (1920) e Christopher John Reuel Tolkien (1924) que Tolkien publicou seu primeiro livro, ao lado de E. V. Gordon: Sir Gawain & the Green Knight, baseado em lendas do folclore inglês. A sua filha mais nova, Priscilla Anne Reuel Tolkien, nasceria dali a cinco anos.

-->As Sociedades:

Jonh sempre gostou de sociedades, em sua juventude, sua primeira sociedade foi a T.C.B.S. (Tea Club, Barrowian Society), formada por Tolkien e três amigos. Não era dedicada apenas a literatura, mas ela estava presente. A Primeira Guerra Mundial dissolveu o grupo, matando Rob Gilson, e algum tempo depois G. B. Smith. Os dois restantes, Christopher Wiseman (inspiração para o nome do terceiro filho de Tolkien) e Tolkien, foram amigos até o fim da vida de Wiseman.

Anos depois, fundada por Tolkien, The Coalbiters se dedicava à literatura nórdica, muito apreciada por Tolkien, que incluía Beowulf (isso é um livro que virou um fime de animação 3D, que ñ ficou muito bom... ) e o Kalevala, por exemplo. Chamavam-se de Kolbitars, ou, "homens que chegam tão perto do fogo no inverno que mordem carvão", o que originou no nome Coalbiters (mordedores de carvão). Entre seus membros estavam R. M. Dawkins, C. T. Onions, G. E. K. Braunholz, John Fraser, Nevill Coghill, John Bryson, George Gordon (já ouvi falar desse cara...), Bruce McFarlane e C. S. Lewis(Autor das Crônicas de Nárnia).

Outro grupo de que participava era chamado The Inklings, também dedicado à literatura, que se reunia no pub The Eagle and Child (em português A Águia e a Criança) que os integrantes chamavam O Pássaro e o Bebê (The Bird and Baby em inglês). Os Inklings incluíam C. S. Lewis e seu irmão H. W. Lewis, Charles Williams, Owen Barfield e Hugo Dyson. (Existe pouca semelhança entre As Crônicas de Nárnia e os livros de Tolkien, isso pq CS Lewis ñ descreve muito o cenário e as pessoas, enquanto Tolkien faz muuuuito isso.)

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e8/Birdandbaby.jpgFachada Do The Eagle and Child

Quando Tolkien conheceu C. S. Lewis, este era agnóstico (Ateu), e Tolkien logo se empenhou para convertê-lo ao catolicismo romano (ñ me lembro se O Senhor dos Anéis foi poibrido pela Igreja Católica...). No entanto, Lewis preferiu o anglicanismo, movimento protestante cristão no qual fora educado. A religião sempre foi um motivo de afastamento entre Tolkien e C.S.Lewis, especialmente

pela forma diferente como ambos a tratavam. Tolkien inclusive não apreciou muito a obra As Crônicas de Nárnia, por considerá-la demasiadamente alegórica (tipo animais q falam sem ter uma explicação razoável para isso) (entretanto, ele não odiou o livro, como pensam alguns). A religião no livro de Lewis é bem explícita, ao passo que nos de Tolkien ela é oculta em personagens, lugares e até atitudes, embora sem ser alegórica, construção de que Tolkien não gostava. Apesar dos desentendimentos Tolkien e Lewis foram grandes amigos, amizade essa explorada no livro O Dom da Amizade: Tolkien e C. S. Lewis [6]. De fato, O Senhor dos Anéis provavelmente não existiria sem o incentivo de C. S. Lewis, que aliás foi o primeiro a ouvir a história, e Tolkien jamais deixou de admirar a grande inteligência de Lewis. (Que bonito XD)

http://adrianapaiva.zip.net/images/io.jpg

Livro Único de As Crônicas De Nárnia, de CS Lewis. (Estou lendo!!)

--> A Profissão

Tolkien era filólogo, ou seja, estudava a escrita. A paixão por idiomas se deu na infancia

quando se encantavou com nomes galeses que via nos camiões de carvão. Com suas primas aprendeu rapidamente uma língua artificial e bem simples criadas pelas garotas, chamada Animálico, com base nos nomes de animais. Juntos criaram outra língua, uma mistura de vários outros idiomas. Chamava-se Nevbosh, traduzido como Novo Disparate. Mais tarde criou o Naffarin, mais complexa e baseada na língua de seu tutor padre Francis Morgan: o espanhol. (Será isso td soh pra colar nas provas *pq eu ñ inventei um pra colar nas provas de maquinas eletricas...*)

Desde criança já tinha em sua volta línguas clássicas como grego e o latim, e mais tarde com o espanhol. Sempre achou o italiano muito elegante e, é claro, o inglês e o anglo-saxão o fascinavam. O francês não o cativava tanto, apesar de ser (como ainda é) aclamada como uma belíssima língua (mulher falando francês é bonito, homem...). Quando se deparou com a língua finlandesa ele se encantou, e usou sua gramática, junto com a galesa, como base para as línguas que mais tarde apareceriam em seus livros. Línguas de gramática complexa e vasto vocabulário. Línguas que seriam estudadas a fundo por muitos de seus fãs: o Quenya, cujo exemplo máximo é expressado pelo poema Namárië, e o Sindarin, este último baseado no galês, as Línguas Élficas, todas movidas pelo som bonito (eufonia) e pela estética, como o "Repicar dos sinos" dizia ele. Foi baseado nestas línguas que Tolkien começou a desenvolver seu mundo. Para ele, primeiro vinha a palavra, depois a história. A composição para ele não era um passatempo (como foi 'acusado' na época), mas um trabalho filológico. Ele criou um mundo onde suas línguas pudessem ser faladas, e lendas para rodeá-las.SINISTRO...

“O Volapuque, Esperanto, o Ido, o Novial, são línguas mortas, mais mortas do que antigas línguas sem uso, porque seus inventores jamais criaram lendas para acompanhá-las.”

— Tolkien

Criou várias outras línguas (como o Khûzdul * língua Orc* e o Valarin), mas nenhuma tão elaborada

quanto as duas élficas. Também desenvolveu alguns sistemas de escrita, as Angerthas (ou runas) e as Tengwar. Acreditava que uma língua bonita devia ter também um alfabeto elegante.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/79/Tengwar_sample2.png
O primeiro artigo da Declaração dos Direitos Humanoescrita nos caracteres Fëanorianos: as Tengwar.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7c/Cirth.png

Alfabeto rúnico criado por Tolkien, chamado Angerthas ou Cirth.

Além do inglês, Tolkien conhecia cerca de dezesseis outros idiomas (à excepção dos criados por ele mesmo) que eram os seguintes: grego antigo, latim, gótico, islandês antigo, sueco, norueguês, dinamarquês, anglo-saxão, médio inglês, alemão, neerlandês, francês, espanhol, italiano, galês e finlandês. (Não queridos leitores, o Sindarin não é considerado um idioma por nenhum órgão mundial, que pena...)

Tolkien se aposenta e junto de sua mulher se muda para Bournemouth. Com a morte de sua esposa em 19 de Novembro de 1971 (no túmulo, abaixo do nome Edith Tolkien está escrito Lúthien, que, nas histórias, é a mais bela das elfas, a mais bela dos Filhos de Ilúvatar.), após 55 anos de casamento, Tolkien refugiou-se na solidão em um apartamento na Universidade de Oxford. Numa carta ao seu filho Christopher, John Ronald Reuel Tolkien escreveu, sobre sua mulher Edith Bratt:

“[...]o cabelo dela era preto e sedoso, a pele clara, os olhos mais brilhantes do que os que vocês viram, e sabia cantar... e dançar. Mas a história estragou-se, e eu fiquei para trás, e não posso suplicar perante o inexorável Mandos.[...]. “

— Tolkien

No texto, Tolkien decide que no epitáfio de Edith estaria escrito Lúthien. Lúthien é uma personagem de "O Silmarillion" inspirada na esposa de Tolkien, como afirma o trecho da mesma carta:

“É breve e simples [o epitáfio], a não ser por Lúthien, que tem para mim mais significado do que uma imensidão de palavras, pois ela era (e sabia que era) a minha Lúthien [...] Nunca chamei Edith de Lúthien, mas foi ela a fonte da história que, a seu tempo, se tornou parte de O Silmarillion. “

— Tolkien

Em 1972, John recebeu o Doutorado Honorário em Letras da Universidade de Oxford, e conseguiu seu último e mais importante título: a Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth, uma das maiores honras britânicas. Era agora Sir John Ronald Reuel Tolkien. (KAMIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!)

No dia 28 de Agosto de 1973 Tolkien sentiu-se mal durante uma festa, e na manhã do outro dia foi internado, com úlcera e hemorragia (será que foi a mardita???). No sábado descobriu-se uma infecção no peito.

Aos 81 anos de idade, então, nas primeiras horas do domingo de 2 de Setembro de 1973, J. R. R. Tolkien morre na Inglaterra. Enterrado junto com a esposa, no Cemitério de Wolvercote, no túmulo feito de granito da Cornualha, abaixo do seu nome há a inscrição Beren.

Túmulo De Edith e Jonh


Em 1992, ano em que Tolkien completaria 100 anos, duas árvores foram plantadas em seu tributo em Oxford pela Tolkien Society e pela Mythopoeic Society, grupos de leitores e estudiosos de sua obra. Essas duas árvores fazem alusão às Duas Árvores de Valinor, que davam luz a Valinor nos Dias Antigos. (Que looko!!!)

Mesmo com o sucesso de "O Senhor dos Anéis", Tolkien só virou celebridade nos anos 60. Nessa época os fãs do autor se reuniam pelos campi das universidades com o único objetivo de discutir sua obra. (Ou seja, uns universitários dando uma tragada e vendo elfos, orcs, anões e hobbits)

A criação de mundos complexos como a Terra-Média também deram uma arejada à literatura ficcional, além de inaugurar um novo gênero literário, a literatura fantástica, algo de que Tolkien sentia falta na literatura. Muitos autores também criaram seus mundos próprios e essa realidade virtual criada por Tolkien foi o elemento-chave para a ficção científica de Duna (de Frank Herbert), para a fantasia de A Cor da Magia (de Terry Pratchett). Talvez até para o universo de Harry Potter, de J. K. Rowling, tenha servido de base, apesar de Rowling gostar muito da obra tolkieniana, ter declarado:

“Penso que, se deixarmos de lado o fato de que os livros falam de dragões, varinhas mágicas e magos, os livros de Harry Potter são muito diferentes, especialmente no tom. Tolkien criou toda uma mitologia. Não penso que alguém possa dizer que eu tenha feito isso.”

— J.K.Rowling

(Realmente, ele soh fez um fillers gigantesco sobre magia. E bem ruim...)

Além disso, o autor David Colbert escreveu em seu livro "O Mundo Mágico do Senhor dos Anéis":

“Muitas pessoas tentam comparar J. R. R. Tolkien e J. K. Rowling só porque ambos contam histórias sobre mundos imaginários habitados por magos. Não há muita coisa semelhante entre suas histórias.“

— D.Colbert

(Ele quis dizer: “O QUÊ?!?!?!? As obras de Tolkien e de Rowling parecidas?! Você ficou maluco?! A obra tolkieniana é divina, a de Rowling só serve pra limpar a bunda!”)

Um autor excepcional, histórias que fascinam gerações e com certeza fascinaram vocês, queridos leitores, 1 bilhão de vivas para John Ronald Reuel Tolkien, que ele viva para sempre em nossos corações!!

______________________________________________________________

Acaboou o Livro I, até o Livro II zuando este 1º!

Um comentário:

Luiz Santos disse...

Poxa kra mto massa isso ai, q pena q ja fazen 2 anos e a turma nem pra, bate palma pro belo texto sobre o velho... parabens